segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

GELIT - 1808 - Relato Pessoal

1808 – “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudarão a história de Portugal e do Brasil.”

Quando vi 1008 na lista dos GELITS, logo me chamou atenção, não o conhecia, mas gosto muito de história. Ao ver o livro, fiquei apreensiva, é muito grosso! Parecia não caber na minha rotina.
Já havia lido outros ‘monstros’, ‘O povo brasileiro’, Viva o povo brasileiro’ e ‘Casa grande e senzala’, o tempo para essas leituras foi administrado por mim mesma, orientação, só para fazer resenhas, foram muitas noites mal dormidas, embora sejam bons livros, não sinto muita saudades o quanto sentirei de 1808. O que fez a diferença?
Certamente, não foi o livro em si, mas o fato, de fazer parte de um Grupo de Estudo Literário. A metodologia aplicada caiu feito luva, fomos designados a fazer a leitura aos poucos, a medida que fomos tomando gosto pelo livro, foi aumentando o número de capítulos a serem lidos, sem sacrifícios, abolindo assim o mito do livro grosso.
1808, não é um livro de fácil compreensão, requer uma série de conhecimento histórico, a orientadora foi nos dando este suporte a cada encontro, simplesmente babava diante das suas aulas de história, embora isso envolvesse mais leituras em revista, mapas e imagens. Embarcamos nessa viagem, uma folha a mais ou a menos, não faria a menor diferença. Importante mesmo era entender.
Sabia que os portugueses nunca foram um poço de boa higiene, mas nunca imaginei que os maus hábitos fossem em tamanha proporção. Tão pouco tinha noção de onde vinha a nossa situação econômica – a dívida externa.
Cem dias entre o céu e o mar, parecia improvável, ver a distância no mapa, conhecer as condições das naus e a tecnologia disponível na época, tornou a informação real. Outra coisa interessante que o autor faz, é converter o valor do dinheiro da época para a moeda atual.
Essa leitura, abriram meus olhos, em relação aos livros didáticos que distorcem algumas informações, até por mudar alguns termos – a partida X a fuga – é um exemplo, retratado no primeiro capítulo do livro, um dos melhores, o ponto de partida para compreensão dos demais, nos coloca em contato com o delicado relacionamento triangular entre Portugal, Inglaterra e França. Somos apresentados, também, a personagens importantes dessa história – D. João VI, Napoleão Bonaparte, D. Maria e outros.
Todo o livro apresenta uma linguagem literária, embora trate de fatos históricos e seja escrito por um jornalista. Os últimos capítulos são emocionantes, o arquivista real, Marrocos, que nos emociona no decorrer do livro com suas cartas, por fim se converte ao Brasil, não resiste à beleza tropical, ou melhor, a beleza de Ana Maria e ganham espaço nos dois últimos capítulos do livro. Embora tenha gostado desses capítulos, esperava que o último capítulo estivesse relacionado de forma mais direta a família real, além disso, Laurentino Gomes é muito repetitivo na sua obra, poderia ter economizado algumas páginas sem comprometer a compreensão da história.
O GELIT com o livro 1808 foi de grande beneficio para minha prática docente, nas aulas de história na EJA 2ª fase (7ª e 8ª séries), ficou mais fácil compreender Primeiro e Segundo Reinado com o auxílio do livro, ao qual fiz várias referências nas aulas, apresentei-o aos educandos e li trechos, usei também mapas e os textos que a orientadora usou conosco nos encontros. Assistimos Carlota Joaquina, a princesa do Brasil, enfim, usei e abusei de todos os recursos que foram apresentados no GELIT.
Falhei em não ter relatado esses acontecimentos nos encontros, acredito que por conta da minha insegurança como professora de História, me dedico mais a Língua Portuguesa, preferi omitir, mas foi uma ótima experiência. Se retornar a trabalhar com História (esse ano foi só para completar carga horária), utilizarei a metodologia de elaborar perguntas, ora os alunos, ora a professora, percebi que ajuda bastante a organizar as idéias elaborar os entendimentos e os desentendimentos, também.
Essa foi uma viagem fascinante, que não poderia deixar de ser relatada, por fim, trouxemos a história para mesa no seminário final, uma experiência diferente, lembro-me de ter feito algo parecido quando estudei o 2º ano do magistério, definitivamente o sangue artístico não está nas minhas veias. Prefiro apresentar do que representar, muito embora, relembrando friamente, a minha personagem, era eu mesma, falava daquele jeitinho nos encontros, com naturalidade, claro!
Minha participação está longe do que se possa dizer, oh que maravilha! Mas, considerando o meu percurso pessoal, dificuldade de memorização e de representação, associado com o tempo e pouco ensaio, sei que dei o que foi possível neste momento, embora ainda não seja o meu melhor.
O mais importante em tudo isso, é que o GELIT, cumpriu o seu propósito principal – despertar o gosto pela leitura.


REFERÊNCIA:

GOMES, Laurentino. 1808 – como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

OFICINA DA PALAVRA ESCRITA

DISCURSO SOLENE À PALAVRA

Srª, melhor, stª, não, não, exmª, que nada, a intimidade me permite simplesmente – palavra...
Nossa homenagem é para todas, palavrinhas, palavras, palavrões, sem distinção de personalidade – azedas e doces, livres e prisioneiras, alegres e tristes, todas, todas, exceto o preconceito, e se ele aparecer vem logo a negação para dizer NÃO.
A palavra esta sendo homenageada pela constante visita que faz na vida de cada um dos homenageadores do ciclo um – são palavras soltas, palavras empilhadas, palavras em fila, palavras desenhadas, palavras em ritmo diferente da falada no dia-a-dia, essa é a menina poesia.
E para aqueles que tem medo da palavra, Pedro Bandeira manda um recado:
“Lá na rua que eu pensava
tinha uma livraria
bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia a farmácia
Comprar frascos de saúde.
E depois ia ao lado,
Pra comprar a liberdade.”
A PALAVRA!

OBRIGADO ÀS PALAVRAS!!!

OFICINA DA PALAVRA ESCRITA

ESCRITA E ESCOLA

Inicialmente repetirei o questionamento de Kramer (2000): “na escola há lugar de escrever para ler e ser lido ou tão somente para ser corrigido?”
Maldita utilidade da língua! Nos últimos anos observamos que as políticas públicas, tem provido programas justamente para enfatizar a utilidade da língua – PROFA, PCNs em ação, Capacitar, dentre outros. O discurso é o mesmo, a escrita tem que ter uma funcionalidade. Na tentativa de torná-la funcional é que se tem criado uma nuvem negra em torno da mesma, tornando a escrita um ato que causa dor, medo, angustia, isolamento e à medida que amadurecemos esses sentimentos se tornam mais fortes. Percebo isso, com os alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental da escola que leciono, (há quatro anos com essas turmas), nas duas primeiras séries, eles preferem ler suas próprias escritas, já nas duas séries finais, eles não gostam de expor suas escritas, preferindo ler em público os autores renomados. Qual minha parcela de contribuição para este fato?
A nota acaba sendo a real motivação da efetiva participação dos educandos nas atividades. Seria essa a funcionalidade? A pergunta deles é sempre a mesma – vale quanto professora? Ou simplesmente, é pra nota?
Esse é um dilema enraizado no meio escolar, quando o professor escreve, escreve para que, ou para quem? Exigência da coordenação, relatórios, meras burocracias que vão para gaveta. Agora sou obrigada a dar as mãos à palmatória, pois os programas mencionados a pouco, tinham como metodologia à escrita em cadernos de registro individuais e coletivos, não como instrumentos de fiscalização, mas como uma documentação para a reflexão sendo este ponto de vista expresso no guia do formador do PROFA (2001)
“A reflexão por escrito é um dos mais valiosos instrumentos para aprendermos quem somos nós – pessoal e profissionalmente – sobre a nossa prática como educadores, porque favorece a tematização do trabalho realizado e do processo de aprendizagem, o desenvolvimento da competência de escrita, a sistematização dos saberes adquiridos e o uso da escrita como ferramenta para o crescimento profissional.”

Porém quando chega na ‘ponta’ a idéia é equivocada, o professor deixa de escrever para si e passa a escrever para o outro, mera obrigação do oficio.
Escrevo para organizar as idéias, creio que a palavra falada é fugaz, a escrita documenta, memoriza. Possibilita a reescrita seja da minha, da tua, da nossa história. Reporto as palavras de Clarice Lispector (in: Guia do PROFA, 2000):“Escrevo porque à medida que escrevo vou me entendendo e entendo o quero dizer, entendo o que posso fazer. Escrevo porque sinto necessidade de aprofundar as coisas, de vê-las como realmente são...”
Escrever nem sempre é prazeroso, às vezes, como diz o poeta é semelhante a carregar água em peneira ou como diria Warschauer( ) “escrever é um exercício de vida e morte”, já faz parte de mim, escrevo para meu bel prazer.
Entretanto sinto-me de orelhas puxadas com as palavras de Kramer (2000)
“Defendo a idéia de que para subverter os caminhos que prendem e moldam as palavras, através das formas de ensino praticadas na escola, a escrita precisa ser vista e trabalhada na escola como uma produção que não é útil, que não escreve para nada, pois – não servindo – nunca correrá o risco de ser servil.”

A pergunta que não se cala é: como realizar um trabalho com os alunos que os encoraje a produção escrita e a leitura da mesma? Essas breves linhas escritas cutucaram-me à investigação do assunto em questão.

GEAC

FORMAÇÃO E MEMORIAL


A memória é como uma peça de museu, quanto mais velha (madura), mais valorizada ela é. A valorização das memórias humaniza cada individuo, que deixa de ser apenas um individuo, passa a ser um todo... Isso é fascinante!
Tenho uma velha opinião formada sobre “tudo”, mas me disponho a ser uma metamorfose ambulante...Embora neste momento, minha opinião continua sendo a mesma da primeira versão deste texto.
O debate trouxe questões que dão panos para mangas, sobretudo em relação ao ato de escrever, o medo é o bicho-papão dos cursistas, medo esse que tem levado vários estudiosos a escrever sobre o tema, por exemplo, Freire (1996), diz: “mas escrever, registrar, refletir não é fácil... dá muito medo, provoca dores e até pesadelos. A escrita compromete. Obriga o distanciamento do produtor com o seu produto. Rompe a anestesia do cotidiano alienante.”
Cecília Warschauver (in: Freire, 1996), fala do medo de forma poética, porém intensa:


Por que exigir tão pouco de mim?
Por que um diário tão fraco?
Por que dormi tanto por noite?
Por que esta sempre pondo a culpa na falta de tempo?
Será que não é uma saída mais fácil?
É novamente o MEDO!
Medo de criar
Medo da responsabilidade
Medo de sofrer
Medo de brigar
Medo de levantar a voz para as crianças
Medo de tocá-las
Medo de ser EU mesma do jeito que sou.

O que afinal produziu esse monstruoso medo?
No nosso histórico como alunos, a nota acabava sendo a real motivação da efetiva participação nas atividades de leitura e escrita. Seria essa a funcionalidade?
Esse dilema ficou enraizado no meio escolar, quando o professor escreve, escreve para que, ou para quem? Exigência da coordenação, relatórios, meras burocracias que vão para gaveta. Os programas elaborados pelo MEC tinham como metodologia à escrita em cadernos de registro individuais e coletivos, não como instrumentos de fiscalização, mas como uma documentação para a reflexão sendo este ponto de vista expresso no guia do formador do PROFA (Programa de Formação de Professores Alfabetizadores, 2001)

“A reflexão por escrito é um dos mais valiosos instrumentos para aprendermos quem somos nós – pessoal e profissionalmente – sobre a nossa prática como educadores, porque favorece a tematização do trabalho realizado e do processo de aprendizagem, o desenvolvimento da competência de escrita, a sistematização dos saberes adquiridos e o uso da escrita como ferramenta para o crescimento profissional.”

Porém quando chega na ‘ponta’ a idéia é equivocada, o professor deixa de escrever para si e passa a escrever para o outro, mera obrigação do oficio. Como foi dito no debate esses cursos não causaram impacto, como a formação superior está causando, desconfiada, perguntei ao grupo: se o curso fosse interrompido agora, quem continuaria escrevendo o diário? – ninguém – portanto o que causa impacto ainda é a avaliação. Mais assustador ainda são os relatos acerca dos colegas egressos, a escrita não incorporou no cotidiano de alguns, embora tenham obtido o diploma, levando-nos a questionar: será que é apenas um sonho acreditar que fará a diferença no nosso caso? O futuro nos pertence... Mas a maior dificuldade no momento vai além da tematização da prática, precisamos relacionar a parte com o todo, todos estão no seu mundinho querendo se achar no cenário mundial. Além disso, há alguns, ainda se referindo a narração como descrição, não reconhecem, essa, como uma das características da narração.
Escrevo para organizar as idéias, creio que a palavra falada é fugaz, a escrita documenta, memoriza. Possibilita a reescrita seja da minha, da tua, da nossa história. Reporto as palavras de Clarice Lispector (in: Guia do PROFA, 2000): “Escrevo porque à medida que escrevo vou me entendendo e entendo o quero dizer, entendo o que posso fazer. Escrevo porque sinto necessidade de aprofundar as coisas, de vê-las como realmente são...”
Escrever nem sempre é prazeroso, às vezes, como diz o poeta é semelhante a carregar água em peneira ou como diria Warschauer (in: Freire, 1996) “escrever é um exercício de vida e morte”, já faz parte de mim, escrevo para meu bel prazer.

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Madalena. Observação, registro, reflexão instrumentos metodológicos. 2ª ed. São Paulo: Artcolor, 1996.
SOLIGO, Rosaura; SOLIGO, Angélica (org.). Programa de Professores Alfabetizadores: guia de orientações metodológicas gerais.Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Fundamental, 2001.


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Legislação

SÍNTESE:
LEI SIM, RÍGIDA NÃO, OU A MÃO DO SENADOR



Porque, quase sempre, não se cumpre a lei no Brasil?
Pedro Demo (1998) aponta duas razões razoavelmente distintas: o conceito de letra lei (sem brecha) e de espírito da lei (recusa-se a ser aprisionada). Portanto o mesmo segue dizendo:

“... uma lei de educação precisa, primeiro, ser curta, para não dizer besteira, e, segundo, insistir em propostas flexíveis, para não atrapalhar a vontade de aprender. A LDB tem algo disso, embora tenha predominado o peso histórico dos interesses em jogo”. (p.15)

Pode se concluir que a LDB vale pouco, não porque seja ruim, mas porque falta compromisso educativo, na verdade, é um problema de cidadania. Observe a análise de alguns artigos que se segue e veja os ranços e avanços na LDB que perpassam pela flexibilidade no que diz respeito ao direito à educação e o dever de educar, organização da educação nacional, gestão e avaliação/progressão.
Art. 34
Ranços – a ampliação do período de permanência fica a critério da boa vontade dos sistemas de ensino. Ficando apenas na exigência do esforço, permanecendo apenas no âmbito de um compromisso moral.
Art. 4 ss
Ranços – a lei desconsidera certos fatos, omitindo uma realidade social em que a desigualdade está profundamente arraigada, dessa forma a falsa idéia de chances iguais para todos submete a classe subalterna a assumir a sua culpa por falta de êxito.
Art. 4, II
Avanços – embora haja um atraso na cobertura, sobretudo qualitativa do primeiro grau, mas já assinala que uma sociedade mais desenvolvida cuida de oferecer para todos o segundo grau.
Art. 4 § 5
Ranços – a lei quer ver o acesso de todos irrestritamente, o que é algo exagerado, pois não leva em conta a escolarização anterior, o maior prejudicado será o aluno. A estase é na permanência na escola e não na aprendizagem efetiva.
Art. 15
Avanços – autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira, sem a mesma, a educação poderia terminar em adestramento.
Ranços – os recursos financeiros são poucos, mas se a escola não consegue administra-los é porque é incompetente, ou seja, uma falsa autonomia.
Art. 8, caput
Ranços – o sistema de colaboração entre União e estado é mal interpretado, acaba caindo no dito popular, “o que é de todos não é de ninguém”.
Art. 9, III
Avanços – estabelecer a necessidade de um plano nacional de educação para que o país tenha uma estratégia comum e os esforço e recursos possam atuar em direção convergente e cumulativa.
Ranços – poderia significar um trunfo centralizador, que conferisse à união um comando verticalizado.
Quem elabora esse plano?
Art. 9, IV
Avanços – serão comuns apenas, seus conteúdos mínimos, tem sentido metodológico propedêutico (ex. saber pensar), dentro do possível dentro do possível devem existir graus de variação que respeitem os sistemas específicos.
Ranços – deveria seguir a hierarquia LDB, PCN, plano decenal, currículo, proposta pedagógica (projetos escolares), mas atropela essa ordem por conta dos prazos e as vezes por falta de profissionais preparados para atuar, ( mais uma vez, quem os elabora e em que situação são elaborados?).
Art. 9, V, VI, e VIII
Ranços – centralização, levando nos a crer que se houvesse uma “guerra”, não haveria universitários para serem perseguidos.
Art. 12 (complementa o art. 15) e 14
Avanços – consagra dois princípios educacionais cruciais – gestão democrática e o espaço próprio de cada sistema conforme suas peculiaridade.
Ranços – a quantidade dos recursos financeiros são inferiores ao número de alunos do ano corrente, baseia-se em dados do ano anterior.
Art. 23
Avanços – coloca todos os meios a serviço do fim maior – o processo de aprendizagem – o que está sempre presente é o sistema de ensino.
Ranços – necessidade de uma lei complementar para que o sistema de ensino prepare o professor para tal escolha – o PCN existe, mas não garante a aplicabilidade.
Art. 24 §1
Avanços – a avaliação/promoção visa à qualidade do aluno, valorizando seus saberes anteriores em consonância com a aprendizagem. Neste sentido a lei garante a autonomia de cada escola.
Art. 25
Avanços – considera aqui direto do aluno e condições do professor, de modo que a relação professor-aluno não baseia no corporativismo.
Ranços – o parágrafo único, a flexibilização deixa brecha para má interpretação, abuso do direito, podendo manter, por exemplo, turma com um pequeno número de alunos para manter a carga horária de alguns docentes em particular (interesses pessoais).
Art. 26
Avanços – valoriza as marcas locais, acentuando também no caso das escolas rurais.
Ranços – o conceito de clientela, conde o direito de consumo com cidadania.
Art. 32 § 2
Avanços – flexibilidade levando em conta o sistema de ensino.
Ranços – confundir flexibilidade com o abuso de poder interpretar. Pode também ser mal aproveitada para cultivar corporativismos locais e classistas, guiando a flexibilidade para proveito próprio.
Art. 81
Em resumo da brecha para desconsiderar toda a lei.
Ao mesmo tempo em que uma Lei flexível parece bem coerente, deixa também lacunas com as seguintes brechas, conforme esposto por Demo (1998):

“(...) abuso ao direito de interpretar (...);
pode também ser mal aproveitadapara cultivar corporativismos locais e classistas, guinando a flexibilidade para proveito próprio (...);
pode principalmente ser mal interpretada pelas autoridades locais (...);
pode-se chegar ao exagero de considerar particularidade local o que é parte da metologia comum (...);
por fim a flexibilidade pode ser confundida com um certo “vale tudo”, seja no sentido de não precisar prestar contas a ninguém, ou de denegrir os níveis superiores, ou – o que seria muito preocupante – de vender como criatividade local ofertas pobres para pobres (...).”

Dentre os artigos analisados, um dos aspectos abordados por Demo (1998), que observo a concretização na minha prática pedagógica é referente à avaliação/progressão.
Em 1998, quando iniciei a carreira no magistério e a LDB ainda era bebezinho, a Rede Municipal de Irecê, adotou a promoção dos alunos matriculados nas turmas de aceleração (Acelera Brasil) como critério de avaliação, de acordo com o artigo 24 §1, considerava-se as aprendizagens dos alunos que era acompanhada durante todo o ano letivo por uma série de instrumentos analizados no final do ano por uma equipe, sendo o parecer final do professor regente da turma. Era um dia de angustia por conta do tamanho da responsabilidade envolvida.
Neste ano, situação semelhante é vivenciada nas turmas de EJA (séries finais do ensino fundamental), alunos com aptidões necessárias para dar continuidade em uma determinada série, são promovidos.
Portanto é razoável perceber que temos uma lei sim, rigida não, seria a mão do senador?

REFERÊNCIA:

DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. 6º ed. Campinas: Papirus, 1998.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ética e Educação

SUGESTÕES PARA O TERMO DE COMPROMISSO DO CURSO

CONVITE:
A oficina Ética e Legislação tem por finalidade a elaboração do termo de compromisso do curso, nas esferas - UFBA, prefeitura e escola - portanto a (co)elaboração de todos é importante nessa discussão ética-política, que influenciará no percurso da nossa formação e atuação na Rede Municipal de Irecê.
Dê sua sugestão, este é um exercício pleno da sua cidadania...
Comente impreterivelmente até o dia 22/11, a oficina será nos dias 24 e 25/11.
Antecipadamente, obrigado!


O DEBATE QUALIDADE/QUANTIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Por: Rita Cácia Fernandes
e Francinete Brasil

O debate qualidade/quantidade na educação é uma discussão bem antiga envolvendo jogos de interesses, nesta moeda de um lado estão os ideais liberais e do outro os integralistas.
Os liberais idealizaram uma educação qualitativa visando a melhoria pedagógica e condições didáticas da escola. O que se harmoniza com uma discussão travada por vários pesquisadores, inclusive Imbernón (2007):
“As novas experiências para uma escola diferente devem buscar alternativas na linha de um ensino mais participativo, em que o fiel protagonista do monopólio do saber – o professor – compartilhe seu conhecimento com outras instâncias socializadoras situadas fora da escola.”

Por outro lado, os integralistas defendiam o ensino profissionalizante no segundo grau, dispensando assim o ensino superior. Até então (1937 a 1945), o ditador Vargas jogava com os dois lados da moeda, ensino profissionalizante para classes populares e ensino superior para elite.
Entretanto o cenário político e econômico foram redefinindo este embate entre qualidade e quantidade. Depois do golpe de 64 com intelectuais universitários na linha de frente, reforçou-se o ensino profissionalizante na escola média desestimulando o ensino superior, mal visto pelos políticos.
A industrialização brasileira foi também uma das responsáveis pelos ideais quantitativos na educação – mais mão de obra barata no mercado de trabalho.
Diante dessas realidades sócio-políticas no Brasil, é que o ensino passa por reformas nas décadas de 60 e 70, o governo brasileiro fez inúmeros acordos com o governo norte-americano, dentre eles MEC-USAID, visando a abertura dos caminhos para o capital multinacional.
Shiroma, Morais e Evangelista (2002), dialogam bem sobre essas reformas, confira:
“A reforma do ensino dos anos de 1960 e 1970 vinculou-se aos termos precisos do novo regime. Desenvolvimento, ou seja, para formação de “capital humano”, vinculo estrito entre educação e mercado de trabalho, modernização de hábitos de consumo, integração da política educacional aos planos gerais de desenvolvimento e segurança nacional, defesa do Estado, repressão e controle político-ideológico da vida intelectual e artística do país”.

Inclusive a legislação educacional, Lei 5.692/71 tem forma orgânica, portanto abrangente o suficiente para garantir o contraste político ideológico sobre a educação em todos os níveis. Ainda com a intenção de moldar “o capital humano” quantitativamente foi instituído o ensino de Moral e Cívica nos primeiro e segundo graus e Estudo de Problemas Brasileiros, na graduação e até na pós-graduação.
Como conseqüência desse contraste entre qualidade e quantidade, sendo o último responsável por todas essas reformas, o Brasil esta sendo vitima do neoliberalismo, segundo Pino (1998), vivemos a seguinte situação: “O atraso técnico-científico e cultural brasileiro impede sua inserção no novo reordenamento mundial. A escolaridade básica falha constitui fator que tolhe a competitividade internacional do Brasil.”
O jargão “ensino de qualidade para todos” leva nos a questionar: o que é qualidade? A qualidade é equiparada à questão social e cidadã. Ambas são complexas e estão interligadas. Resumidamente, qualidade social vai além da diminuição da evasão escolar e da repetência promove o exercício da cidadania, ou seja, promove a participação na vida social e política do país. Para tanto é necessária boa formação especialmente na área educacional, conforme defende Mello (2007):
“Somente a certificação pode assegurar um perfil profissional satisfatório para o exercício da docência na educação básica e dar as instituições de ensino superior, públicas ou privadas, indicações claras do perfil do profissional que está sendo demandado dos professores, cumprindo, assim, o papel que o mercado não consegue cumprir. Portanto, redirecionar recursos financeiros, técnicos e políticos”.
Estamos sob uma nova legislação educacional, novo regime político, quais são os olhares que se entrecruzam atualmente, relacionados à qualidade e quantidade, estão educando para o exercício da cidadania? Está o novo sistema de ensino de fato abrindo portas para o ensino superior, formando pensadores ou inclusive a universidade tornou-se um espaço de reprodução do “capital humano”? Diploma na mão e supostamente dinheiro no bolso.

REFERÊNCIAS:

IMBERNÓM, Francesc.Uma nova formação docente. Pátio, Porto Alegre, Artmed, vol. X, n. 40, p.20-22, nov. 2006/jan. 2007.
LEBANÊO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização.São Paulo: Cortez, 2003.
MELLO, Guiomar Namo de. Os investimentos na formação de professores. Pátio, Porto Alegre, Artmed, vol. X, n. 40, p.20-22, nov. 2006/jan. 2007.
SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de. EVANGELISTA, Olinda. Política educacional. 2ª ed. Rio de Janeiro: PD&A, 2002.

Orientação


DOCÊNCIA E PLANEJAMENTO

Planejamento docente é uma das temáticas mais discutida na educação, desde outrora, porém ainda não superada, pois a mesma perpassa por inúmeros questionamentos, desde o significado a sua função.
Neste respeito é válido ressaltar que Zabala (1998, p.18) chama atenção para necessidade de elaborar uma seqüência de atividades ordenadas, sendo as atividades um elemento identificador da prática docente,
“Se realizamos uma análise destas seqüências buscando os elementos que as compõem, nos daremos conta de que são um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para realização de certos objetivos educacionais, que tem um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.”
Na perspectiva de Leal (p.1), o planejamento, também é assunto de seria importância, o qual está presente inclusive na nossa vida social, a mesma defende o planejamento como “processo que exige organização, sistematização, previsão, decisão e outros aspectos na pretensão de garantir eficiência de uma ação seja em um nível micro, quer seja no nível macro.”
Evidentemente, é necessário planejar, não há seqüência em atividades aleatórias, tais quais o professor representado no filme “O jarro” realizava, a repetição e memorização eram à base da sua metodologia, não fazia intervenções que provocasse o pensamento dos estudantes, por exemplo, numa aula de Matemática, ele simplesmente disse a resposta correta ao aluno que estava tentando responder, ou seja, nenhum desafio e que dizer da aprendizagem? Completamente questionável. Entretanto sabemos que planejar para turmas multisseriadas não é fácil, aquele professor se desdobrava entre educandos em níveis de aprendizagens diferentes, além disso, estava inserido numa realidade social escassa economicamente e porque não dizer culturalmente, embora não seja justificativa para a má qualidade pedagógica das suas aulas.
1998, primeiro ano de docência, não fui parar literalmente no deserto, mas era “um lugar no meio do nada” – Mocozeiro – também, turma multisseriada, alunos da alfabetização a 3ª série, minha metodologia não era muito diferente da descrita acima, a única coisa que fazia bem era a leitura dos clássicos, as crianças ficavam boquiabertas com minhas “caras e bocas”. No 2º semestre do mesmo ano fui para turma de aceleração, era só seguir o módulo, planejar, era só estudá-lo e pronto. Já nas séries finais do Ensino Fundamental, 1999, descobri que planejar ia além de conhecer o conteúdo programado, “o planejamento do ensino significa, sobretudo, pensar a ação docente refletindo sobre os objetivos, os conteúdos, os procedimentos metodológicos, a avaliação do aluno e do professor.”(Leal, p.2)
Tudo teria acontecido num estalar de dedos? Evidente que não, foram muita leitura – Vasconcelos, Zabala, PCNs, Freire, Perrennoud, Houffman , etc, para repensar o planejamento, compreender a lógica de uma seqüência didática e não me decepcionar quando o planejado não dar certo, encaro como um diagnóstico para o próximo planejamento, é um desafio, principalmente levando em conta a dimensão do ato de planejar, política, técnica, social, cultural e educacional. Sinto-me como diz Freire (2002, p.31), “ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez velho e se “dispõem” a ser ultrapassado por outro amanhã.”
Ao planejar desde o ano letivo à aula do dia, deve-se traçar uma finalidade bem definida, haja vista, que não há neutralidade na prática pedagógica, é um ato político. O educador é também um educando, o investigador da sua área de trabalho, a didática, o eixo do planejamento.
Refletir didaticamente ajuda o professor a apurar o olhar sobre a prática docente, entretanto é necessário ter um foco, como diz Freire (1996, p.12) “o olhar sem pauta se dispersa. Olhar pesquisador tem planejamento prévio da hipótese que se vai perseguir durante a aula...”
Enfim, ensinar exige consciência do inacabado, portanto faço minhas, as palavras do mestre Paulo Freire (2002, p.55)
“como professor crítico, sou um “aventureiro” responsável, predisposto a mudança, à aceitação do diferente. Nada do que experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-si. Respeito, porém, como inevitável, a franquia de mim mesmo, radical, diante dos outros e do mundo. Minha franquia ante os outros e o mundo mesmo é a maneira radical como me experimento enquanto ser cultural, histórico, inacabado e consciente do inacabado.”

REFERÊNCIAS:

FREIRE, Madalena. Observação, registro, reflexão instrumentos metodológicos. 2ª ed. São Paulo: Artcolor, 1996. 63 p. (Série seminários 10).
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia saberes necessários à prática educativa. 22ª ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2002. 165 p. (Coleção leitura 10).
LEAL, Regina Barros. Planejamento de ensino: Peculiaridades Significativas. Revista Iberoamericana de Educación (ISSN:1681-5653). Universidade de Fortaleza, Brasil.
O JARRO. Direção: Ebrahim Foruzesh. Intérpretes: Fatemeh Azrah, behzad Khodaveisi, Hossein Balai, Alireza Haji-Ghasemi. Trilha sonora: Mohammad Reza Aligholi. [S.I.]: Cult filmes, 1992. 1 DVD (1h23).
ZABALA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998, 224p.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

GEAC

A IDENTIDADE DOCENTE E O FAZER EM SALA DE AULA

Texeira e Monteiro, na sua dissertação, mexe com a memória dos leitores, ora agradável, ora não... Ver o crescimento pessoal, profissional é bom, porém relembrar determinadas práticas é vergonhoso. Oportuniza também, uma reflexão acerca de práticas atuais que necessitam serem reajustadas.
Conclui o magistério num período que já discutia os pensamentos construtivistas na educação e iniciei logo em seguida, 1998, a carreira docente num cenário “privilegiado”, a Rede Municipal de Irecê estava investindo na formação continuada dos professores.
No inicio tive muita dificuldade, pois reproduzia na sala a escola que freqüentei, na verdade tinha conteúdo que nem dominava, veja ter domínio sobre a natureza da ciência e do fazer cientifico.
Lembro-me de uma aula que estava no modulo do Acelera Brasil (tinha que segui-lo), sobre cadeia alimentar, a coordenadora (ex profª de Ciência da Escola Bradesco), estava assistindo a aula, diante de tanta insegurança, pedi-lhe que desse a aula, ela o fez, me safei!
Anos após o município ofereceu cursos de 40 horas, sobre didática das áreas de conhecimento, aquelas semanas me proporcionaram a oportunidade de refletir o quanto teria aproveitado melhor os módulos do Acelera Brasil, que por um tempo foram apenas receitas aplicadas sem compreender a lógica dos mesmos.
Passei a entender melhor a importância da observação, a experimentação e o relato (registro). Conforme diz Moreira e Texeira,
“não basta, simplesmente oferecer a inovação ao professor, apresentando lhe uma receita pronta, através da qual se vai conseguir uma aprendizagem ativa. Por mais virtuosa que possa ser, atividade nenhuma impõem por se só. Ela só ganha significado mediante a maneira do professor incorpora-la à sua prática cotidiana.”

Enfim, quando fui profª das turmas de aceleração (1998 e 1999), aquele conhecimento estava muito longe da minha zona de desenvolvimento proximal (ZDP), até o conceito de ZDP, só veio depois (2000), na jornada pedagógica do município (por meio da apresentação da obra – Prática Educativa – de Zabala), foi assim construída as mudanças progressivas e graduais, agora num espaço acadêmico, formação superior, bem superior à continuada, espero inteirar-me dessa lógica do cientifico e do desenvolvimento da mesma em sala de aula.
Por exemplo, quando os autores citados acima, chamam atenção para o fazer cientifico, aplica-se somente às ciências naturais ou também, a outras áreas?


REFÊNCIA:

MONTEIRO, Marco Aurélio Alvarega; TEIXEIRA, Odete Pacubi Baierl. Disponível em Htt://www.if.ufrgs/public/ensino/vol9/nl/v9_n1_al.htm.Acesso em set. 2008.










terça-feira, 14 de outubro de 2008


GELIT – 1808

VOCÊ SABIA:

“Há 200 anos atrás, os navios portugueses eram cápsulas de madeira hemetricamente lacradas para impedir a infiltração das águas do mar e sobreviver às violentas tempestades”?

“Os navios que trouxeram a família real para o Brasil, não tinha banheiro, usava-se as cloacas (plataforma amarradas à proa, suspensas sobre a amurada dos navios), os dejetos eram lançados diretamente no mar”?

“A dieta a bordo era composta de biscoitos, lentilha, azeite, repolho azedo e carne salgada de porco ou bacalhau”?

“A água apodrecia rápido, contaminada por bactérias e fungos. Por isso a bebida regular nos navios britânicos era cerveja”?

“Por falta de frutas e alimentos frescos, uma das maiores ameaças nas longas travessias era escorbuto, doença fatal provocada pela falta de vitamina C”?

“Nas regiões tropicais, outra ameaça era a disenteira e o tifo, causada pela falta de higiene e pela contaminação da água e dos alimentos”?

“Em 1808, a esquadra portuguesa levou quase 2 meses para atravessar o Oceano Atlântico”?

A bordo as mulheres sofreram uma infestação de piolhos, inclusive a princesa Carlota Joaquina, que tiveram que raspar a cabeça e lançar as perucas ao mar?

Nenhuma embarcação com a corte a bordo, durante a fuga naufragou?

“Ao todo 16 navios de guerra britânicos estiveram envolvidos direta ou indiretamente, na retirada da família real portuguesa de Lisboa para o Brasil”?

“Com a chegada da corte a Baía de Todos os Santos começa o último ato do Brasil colônia e começa o primeiro do Brasil independente”?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

OFICINA DE COMPUTAÇÃO

Comunidades Virtuais – remédio ou doença?

Enquanto você acessa meu blog milhares de jovens estão on-line. O que estão acessando? Que perigos estão correndo? Se você é pai ou mãe tem real motivo para preocupação? A internet é um remédio ou uma doença? Ora isso, ora aquilo, existem os dois lados da moeda. Veja alguns exemplos:

  • E-mails
    Remédio – forma rápida e barata de comunicação.
    Doença – e-mails não solicitados (spam), pode ser mais do que meros aborrecimentos, as vezes contém matérias sugestivas ou obscenas. Além disso, links nos e-mails pode induzir usuários (principalmente crianças e jovens) a fornecer dados pessoais, causando até o roubo de identidade.

  • Sites
    Remédio – oportunidade de pesquisar, fazer compras e conectar-se com amigos. Brincar com jogos, ouvir músicas e baixá-las da internet.
    Doença – há inúmeros sites que exibe sexo explicito, qualquer deslize e os acessa sem querer. Requer cuidado com os chamados sites “pró-ana”, que incentivam a anorexia. Ou aqueles sites que promovem o ódio à minoria, e outros sites, ensinam até a fazer bombas e executar ataque terrorista. Cabe ter cautela inclusive com os jogos on-line, cenas de violência são regra.

  • Salas de bate-papo
    Remédio – poder comunicar com várias pessoas, inclusive com quem nunca viu, mas tem os mesmos interesses.
    Doença – a internet é um lugar público, onde todo tipo de pessoas, inclusive pedófilos visitar salas de bate-papo com objetivo de induzir crianças a fazer sexo on-line ou até mesmo na vida real.

    Esses são apenas alguns dos recursos disponíveis na rede que fascinam milhões de internautas na atualidade. O que fazer, para os mais jovens em especial, adquirirem imunidade?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Relexões - comunidades virtuais

COMUNIDADE VIRTUAL – O REMÉDIO

APRESENTAÇÃO
computador, internet.

COMPOSIÇÃO:
Cada mg contém
Interesses comuns........................0,40mg
Troca de opinião..........................0,20mg
Atualizações blog.........................0,15mg
Relação social..............................0,15mg
Sentimento de pertencimento.......0,10mg

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
O produto só terá efeito se usado constantemente por pessoas de todas as idades.
A validade perdura por todo o tempo que for do seu interesse.
Não é necessária indicação médica, use por conta própria. Mas, em caso de dúvida contate – Bonilla, Sulle ou Adriane.

INFORMAÇÕES TÉCNICA:
Características: o blog “pode ser” considerado uma comunidade virtual, ou simplesmente espaço de comunicação virtual se houver a composição indicada nesta bula.
Indicações: é indicado em caso de saudade causada pela longa distância, para informar-se, para opinar e participar das atividades da FACD.

ADVERTÊNCIA:
Em caso de dúvidas acesse o link http://www.moodle.ufba.br e encontrará um guia com passo-a-passo.

CONTRA-INDICAÇÃO:
Ainda não constatada.

REAÇÕES ADVERSAS:
Tentativa de quebrar o pc quando aparece na tela – esta página não pode ser exibida - e o prazo das atividades está vencendo.

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO:
Instilar 30’ a 60’ gotas até 4 vezes ao dia.

SUPER DOSAGEM:
Não faz mal.

LOTE: ritacacia.blogspot.com
FAB.: 17/09/08
VAL.: tempo indeterminado

FARM. RESP.: Rita Cácia Fernandes Pereira

REFLEXÃO:
Comunidade virtual é um remédio ou uma doença?
Vamos pensar coletivamente?!

domingo, 14 de setembro de 2008

Bem vindos à Vila Angical

REDE MUNICIPAL DE ENSINO – IRECÊ – BAHIA


ANGICAL – “A VILA”
Artigo de opinião apresentado pela docente Rita Cácia Fernandes, da Escola Municipal de Angical, ao Concurso Literário da Rede Municipal de Irecê.



Resumo: Angical, “Vila” a 15 Km da sede do município de Irecê, quem pega este trajeto enfrenta estrada de chão (outrora asfalto) ladeada no inverno por belos são joeiros floridos, acompanhados por alguns mandacarus e barrigudas alvinhas, dentre roças de milho, feijão, mamona e até girassol, na estiagem a paisagem verde – amarela, dar lugar a outra paisagem cinzenta, das arvores secas. Além da paisagem instável, enfrenta-se na comunidade a instabilidade sócio-política.

Palavras – chave: Angical, Comunidade, Vila, Distrito, Lei.
Fernandes Fonseca, Pereira Menezes, Mó e Moitinho, primeiras famílias a se estabelecerem em Angical. Conta-se lenda ou não, que os descobridores desta comunidade entraram mata adentro em busca de mel de abelhas, perdidos encontraram um lugar propício à plantação e criação.
A princípio era uma casa aqui outra acolá, ainda assim a comunidade dividia-se em: Angical, Mamoeiro, São João e Pirajuí. Isso de acordo com as árvores que predominavam em torno dos lares a cada canto da comunidade, passando-se o tempo, aumentando-se as casinhas de enchimento e surgiu o povoado Angical, nome originário do grande número de angicos na localidade.
Atualmente, com uma população superior a 1.600 pessoas e aproximadamente 500 domicílios, 220 não domiciliares, dentre eles, escolas, correio supermercados bares, posto de gasolina, posto policial (sem policiais), a comunidade de Angical teve seu distrito criado, através da Lei Municipal nº 541, de 30 de Julho de 1999, com a determinação da Lei Orgânica, até julho de 2003. Passaram-se 4 anos e 11 meses da data prevista para a instalação e nada foi feito para o funcionamento do referido distrito.
De direito, Angical é uma Vila, mas de fato, encontra-se há anos luz de tal proeza. Afinal, para exercer a cidadania é necessário cidadão e cidadã conhecerem os seus direitos e deveres civis dentro da comunidade ou sociedade onde vivem e praticá-los em benefício próprio e de todas as pessoas que os cercam.
Entretanto, questionam-se os interesses políticos nas entrelinhas legais. Pois, se exige que o administrador distrital elabore uma proposta orçamentária anual do Distrito, o qual será administrado pelo mesmo, o que representa uma descentralização de poder.
Não fazer valer a Lei, priva os moradores angicalenses de beneficiar-se com comarcas, bancos, dentre outras coisas.
Contudo, este povo humilde cala-se em silêncio ignorante, desconhecedores da Lei, ás vezes conformistas diante de um “ouvi dizer que”, os “sabidos” calam-se no silêncio da consciência, pura conveniência em prol dos interesses pessoais.



Referências Bibliográficas:

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IRECÊ, 2ª Ed. Irecê: Fábrica de Artes, 2002
RUBEM, Jackson. Irecê um pedaço histórico da Bahia. Salvador: Poit Fox, 1999.




terça-feira, 2 de setembro de 2008

Chegueeeeeeeei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

OLÁ!!!


Sou Rita Cácia, aluna, professora, moleca, mulher...
Em breve, editarei informações, reflexões da formação e às contribuições nas minhas ações...

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