segunda-feira, 20 de outubro de 2008

GEAC

A IDENTIDADE DOCENTE E O FAZER EM SALA DE AULA

Texeira e Monteiro, na sua dissertação, mexe com a memória dos leitores, ora agradável, ora não... Ver o crescimento pessoal, profissional é bom, porém relembrar determinadas práticas é vergonhoso. Oportuniza também, uma reflexão acerca de práticas atuais que necessitam serem reajustadas.
Conclui o magistério num período que já discutia os pensamentos construtivistas na educação e iniciei logo em seguida, 1998, a carreira docente num cenário “privilegiado”, a Rede Municipal de Irecê estava investindo na formação continuada dos professores.
No inicio tive muita dificuldade, pois reproduzia na sala a escola que freqüentei, na verdade tinha conteúdo que nem dominava, veja ter domínio sobre a natureza da ciência e do fazer cientifico.
Lembro-me de uma aula que estava no modulo do Acelera Brasil (tinha que segui-lo), sobre cadeia alimentar, a coordenadora (ex profª de Ciência da Escola Bradesco), estava assistindo a aula, diante de tanta insegurança, pedi-lhe que desse a aula, ela o fez, me safei!
Anos após o município ofereceu cursos de 40 horas, sobre didática das áreas de conhecimento, aquelas semanas me proporcionaram a oportunidade de refletir o quanto teria aproveitado melhor os módulos do Acelera Brasil, que por um tempo foram apenas receitas aplicadas sem compreender a lógica dos mesmos.
Passei a entender melhor a importância da observação, a experimentação e o relato (registro). Conforme diz Moreira e Texeira,
“não basta, simplesmente oferecer a inovação ao professor, apresentando lhe uma receita pronta, através da qual se vai conseguir uma aprendizagem ativa. Por mais virtuosa que possa ser, atividade nenhuma impõem por se só. Ela só ganha significado mediante a maneira do professor incorpora-la à sua prática cotidiana.”

Enfim, quando fui profª das turmas de aceleração (1998 e 1999), aquele conhecimento estava muito longe da minha zona de desenvolvimento proximal (ZDP), até o conceito de ZDP, só veio depois (2000), na jornada pedagógica do município (por meio da apresentação da obra – Prática Educativa – de Zabala), foi assim construída as mudanças progressivas e graduais, agora num espaço acadêmico, formação superior, bem superior à continuada, espero inteirar-me dessa lógica do cientifico e do desenvolvimento da mesma em sala de aula.
Por exemplo, quando os autores citados acima, chamam atenção para o fazer cientifico, aplica-se somente às ciências naturais ou também, a outras áreas?


REFÊNCIA:

MONTEIRO, Marco Aurélio Alvarega; TEIXEIRA, Odete Pacubi Baierl. Disponível em Htt://www.if.ufrgs/public/ensino/vol9/nl/v9_n1_al.htm.Acesso em set. 2008.










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