quarta-feira, 4 de novembro de 2009

OFICINA DE ÁUDIO

Manipular as ferramentas durante a Oficina de Áudio, foi a grande descoberta desta atividade. Brincar com as vozes, colocando efeitos, foi um barato!
Entretanto, o primeiro encontro foi o mais marcante. O contato com a evolução dos meios de comunicação audíveis, foi uma viagem no tempo. De fato, as leituras nos asseguraram o processo histórico e sócio-político em que se deu esse desenvolvimento.
Há termos até então desconhecidos, como esses usados por André Lemos
"O podcast é assim um sistema de produção e difusão de arquivos sonoros que guardam similitudes com o formato dos programas de rádio. O sistema funciona da seguinte forma: com um computador doméstico equipado com um microfone e softwares de edição de som, o usuário grava um programa (sobre o que quiser), salva como arquivo de som (MP3, por exemplo) e depois torna-o disponível em sites que são indexados em agregadores RSS (Really Simple Syndication)[3]. O usuário baixa o arquivo para o computador e daí para seu tocador de MP3. O sistema, criado pelo ex-VJ da MTV americana Adam Curry, pressupõe a cadeia completa de produção e de distribuição."
Questiono-me, é isso que estamos produzindo? Ainda tenho dúvida.
Os ambientes em rede, especialmente nos fóruns, deparei-me com as ricas reflexões dos colegas a cerca do papel dos meios de comunicação na educação ou vice-versa.
Para ter a chave de ouro produzimos um programa de rádio nas escolas que lecionamos, com a participação dos nossos alunos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

GEAC - História da Pedagogia


CÉLESTIN FREINET
SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO ATUAL

O grande pensador Freinet nasceu em 1896 em Gars, viveu durante as duas Guerras Mundiais, na primeira, em 1914, teve seus pulmões lesionados por conta dos gases. Já na segunda Guerra Mundial foi preso acusado de atividades duvidosas com a Cooperativa do Ensino Leigo, por essa ocasião, já havia sido exonerado do cargo de professor, perseguido por suas idéias inovadoras na educação. Ao lado da sua esposa, Elise Freinet, construiu sua própria escola onde aplicou seus experimentos. Foi um dos lideres na luta por classes com 25 alunos, na qual foram vitoriosos. Outro legado “atribuído” a Freinet, é a fundação, pelos seus discípulos, da Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna, em mais de 40 países. Vale ressaltar que, diante desse contexto, ele era filiado ao Partido Comunista Francês e a Resistência Francesa ao Nazismo.
Seus ideais educacionais têm como matiz às influências dos escolanovistas, que vão de encontro com os escolásticos. Tanto a organização do ensino, como o aprendizado em si, são baseados em uma visão marxistas. Dentre essas idéias, destaca-se que o trabalho é natural da criança, de modo que o objetivo dele é criar uma escola para o povo que forma cidadãos para o trabalho livre e criativo.
O papel do professor, segundo Freinet, é de organizador do trabalho, para tanto esse deve fazer da sala de aula um clima de laboratório para os alunos sintam-se estimulados a experimentarem, encontrarem respostas para suas dúvidas, neste ambiente ela vai ajudar e ser ajudada pelos seus colegas. São atualmente as salas ambientalizada. Ainda, cabe ao professor colaborar para o melhor êxito do aluno, pois o erro é inadmissível, o que posteriormente foi concebido como parte do processo de aprendizagem, por Vygotsky, outro que foi ao encontro dele posteriormente foi Wallon, ambos defenderam a afetividade como a forma mais profunda de aprendizagem. Outro pensamento de Freinet que converge com a pedagogia atual é a idéia da práxis, ou seja, uma relação dialética entre pensamento e ação, teoria e prática.
Freinet deixou outros legados para educação atual, os quais usamos, às vezes, inconscientemente. Por exemplo, ao defender a livre comunicação, pensava-se nos jornais orais ou impressos (jornais murais) para circulação dos textos livres – poesias, desenho, pinturas, etc.; as aulas passeios, pois acreditava que os interesses das crianças estava fora e não dentro da escola, assim elas poderiam se sentir mais motivadas; a correspondência interescolar, para as crianças aprenderem a ter uma vida cooperativa.
Considerando a visão de Freinet sobre o erro, os textos para ser divulgados, tinham que passar por uma revisão minuciosa. Não defendia os manuais por serem genéricos e não atender as necessidades das crianças, que eram incentivadas a visitarem bibliotecas. Em sala de aula os professores construíam em interação com a turma o fichário de consulta, para ajudá-lo na resolução das atividades. É produzido, também em classe, o livro da vida, o texto é livre, para que a criança expresse seus diferentes modos de ver a aula e a vida. Por fim, alunos e professores devem se auto-avaliar regulamente.
As contribuições desse pensador para os atuais pedagogos, ainda são válidas, entretanto é necessário ter cuidado para não seguir as técnicas dele como mera repetição, precisamos sobre tudo ter ideologia, para que o nosso discurso, também seja válido.
Contudo, podemos concluir que o ideal de Freinet era construir a democracia na escola para garanti-la na vida adulta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

GEAC - Tensões da escola

A ESCOLA DO SIM, DO NÃO E DO TALVEZ

Para retratar a escola do não, além dos textos lidos, assistimos ao filme Professor, profissão perigo, que demonstra o descaso do Estado com a educação pública. A escola não oferece condições para que ocorra o ensino e a aprendizagem, a delinqüência juvenil vira fundo musical nas aulas, ainda há um pouco de respeito pelos professores que são da comunidade em que a escola está inserida, o preconceito em relação aos novatos na escola também ocorre em relação aos alunos, quando chegaram duas garotas muçulmanas e o diretor não aceitou que elas usassem a burca, lembrando que a igualdade é excludente, essa situação causou polêmicas, envolvendo família, escola e legislação. E quanto a nós, consideramos que nossos alunos quando chegam à escola eles já têm uma vivência social que não pode ser negada? Nessa escola do não, a instituição e seus membros não têm real significado para os educandos, pois os mesmos não são vistos individualmente e tampouco no seu contexto cotidiano.
Na escola do sim destaco a forma de avaliar. Pois, As dificuldades para dimensionar a aprovação/promoção das crianças na escola, às vezes, podem ser por conta da falta de precisão quanto aos avanços dos alunos, em algumas avaliações faltam critérios pré-estabelecidos e instrumentos adequados para os objetivos planejados. Por exemplo, o professor planeja com um objetivo, desenvolve atividades em torno do mesmo, mas na avaliação cobra outro conteúdo, além desse equivoco, dá a nota baseado em um instrumento final desconsiderando o processo.
Outra reflexão interessante foi acerca da historia de vida do aluno e do professor. A história de vida da criança, quando relacionada com a escolarização perpassa pela questão do nível de escolaridade dos pais e como essa influi na aprendizagem do filho. Pensando nessas questões o professor fica diante de uma questão ambígua: sua história enquanto filho de pais analfabetos, e seus alunos, alguns também como filhos de analfabetos. Fomos educados sob uma corrente teórica filosófica empirista, em que se cria que o individuo é uma folha em branco, tabua rasa, que nada sabe ao nascer, portanto ao irmos para a escola, pensava-se que não sabíamos nada sobre os conhecimentos escolares, tampouco nossas experiências familiares, sociais, tinham valor para educação formal, portanto a formação de nossos pais não tinha nenhuma influencia na nossa escolaridade.
Como educadores é que nos deparamos com a idéia de que com pais analfabetos precisam de mais atenção, relata-se que essas crianças não têm o exemplo, o acompanhamento, os próprios pais justificam que não sabem ensiná-los.
Com a adesão da rede municipal com cursos de formação do MEC, passamos a discutir a importância dos conhecimentos prévios das crianças ao iniciarem sua vida escolar e durante a mesma, neste período tivemos influencia da corrente teórica filosófica, interacionista.
Durante a graduação estamos tendo contato com diferentes teóricos que discutem a participação da família na educação da criança. Nos deparamos com pontos de vistas diferentes, alguns pensam que a educação escolar deve ser assumida inteiramente pela escola, outros defendem que é responsabilidade, também da família, e há aqueles que designam a cada um seu papel, sou adepta desse último, acredito que essa seja a escola do sim, que aprova sem transferência de responsabilidades.




Considerando que as pessoas são, também os lugares, me encontro na escola no pátio, na biblioteca, gosto dos espaços coletivos, acredito que as aprendizagens se dão numa relação horizontal.
Na foto acima alunos e funcionários da escola lêem informações no Jornal Mural exposto no pátio da Escola Municipal de Angical, onde leciono. Os alunos do 9º ano organizam as matérias com colaboração de todas as turmas. O projeto que foi elaborado coletivamente no segundo bimestre, já garantiu doze edições do jornal, mais as edições especiais em datas comemorativas.
Fascina-me o projeto de leitura da escola, que a cada quinzena pára todos para leitura, são 30 minutos em não se pega em vassouras, não atende telefone, a única coisa que se abre são os livros. Leitura prazerosa, ler por ler.

GEAC - História da Pedagogia

Uma das leituras mais densas do Ciclo foram as realizadas no GEAC Pedagogia ao Longo da História. Fizemos uma viagem pela Grécia, Roma, o Período Medieval, Renascimento e Iluminismo. A primeira parada da viagem foi feita pela professora Roseli, na Grécia; que nos apresentou os primeiros pedagogos (servos), a polis e a formação do cidadão, o helenismo, o surgimento da Paidéia (paidos = crianças, criação dos meninos + pedagogia).
A parada em Roma foi comandada por mim, Clébia e Osenita, onde ampliamos o conceito da Paidéia com as idéias de Cícero que introduz uma paidéia humanista, numa perspectiva do ser humano como indivíduo, capaz de penetrar na psicologia juvenil, visando o afeto e a capacidade dos pais perceberem as limitações e qualidades dos filhos. As seguintes palavras de Horácio (in: Cambi, 1999, p.107) “a Grécia conquistada, conquistou seu feroz vencedor”, traduz muito bem o que aconteceu em Roma, ela conquistou politicamente a Grécia, mas foi a derrotada Grécia que a conquistou culturalmente.
Voltando às discussões sobre identidade, percebe-se que por mais que neguemos nossas raízes culturais, elas estão intrínsecas ao ser e em um dado momento elas podem voltar com mais força do que antes. Em Roma, por exemplo, no século VI, Gregório (in: Cambi, 1999, p.118), anuncia a morte ao culto, ou seja, depois da ruptura político-religiosa, do êxito cultural, as conquistas na educação (escolas estruturadas por graus, manuais, etc.), os anti-helenísticos, conseguem o retrocesso em relação ao que havia sido conquistado, o que se harmoniza com as palavras de Boyd (in: Cambi, 1999, p.119)
Roma não tinha mais a iniciativa quanto a idéias, e os sucessivos eventos de destaques no campo da educação se verificam de novo no Oriente, onde se vinha elaborando de maneira cada vez mais rica a doutrina do cristianismo.

Essa é a situação em que se introduz o Período Medieval. A viagem continua com os colegas Gervásio, Brisa, Joana e Maurina.
O Período Medieval é marcado por mudança no sistema de ensino, aparecem as escolas Palatinas (escolas nos palácios para os filhos dos monarcas). Os homens nobres passam a estudar as sete artes liberais. Outro grande marco são as escolas seculares laicas, embora ainda com professores leigos.


O período renascentista destaca-se a idéia de que o homem é o centro, contrapondo com as idéias teológicas, por meio da reforma e contra-reforma. Nas obras artísticas percebe-se o naturalismo, o homem como ele é. Muitos pensadores dessa época se destacaram, dentre eles: Descarte, racionalista; Comênius, com a Didática Magna;Jonh Locke, liberalista; Fénelon defendeu a educação feminina, embora ainda como apêndice em mundo masculino.

Os enciclopedistas, na França contribuem para o surgimento da idade das luzes. Esses iluministas defendem a igualdade e liberdade, acreditavam que por meio da educação conseguiriam seus ideais. Principalmente Rousseau relacionou as questões políticas com a educação. Na pedagogia defendeu o naturalismo, alegando que, o meio corrompe o homem. Escreveu o livro Emílio, que é criticado, sob o pinto de vista de que Rousseau uma educação elitista e individualista, visto que o educando, na obra, isola-se e tem um percussor.

OFICINA DA PALAVRA ESCRITA II



Na Oficina da Palavra Escrita II a discussão sobre gênero e tipo foi muito produtiva. Dúvidas não faltaram, algumas foram para o fórum DEDOS DE PROSA.
Dentre as reflexões, pensamos na hibridação nos textos, ou seja, não há gênero puro. As produções abaixo são provas desse intergênero.


PROPAGANDA X POEMA
Por: Rita Cácia, Clébia Lúcia e Francinete Brasil

Para falar com o amor
Compre um celular
E ganhe outro

Para aumentar o amor
Fale por mais tempo
E ganhe bônus

Adquira seu FALE
Com operadora LOVE
E se apaixone...

Para presentear seu amor
Dê um beijo com tremor
E um belo celular.


RECEITA DE ESCRITA
Por: Rita Cácia

Ingredientes:
1 caneta ou teclado
1 caderno ou tela
1 dúzia de idéias
200 paginas de boas leituras
1 hora de reflexão
Revisão a gosto

Modo de fazer:
Primeiro faça a leitura de bons textos, tire um tempinho para refletir e as idéias surgirão. Use a caneta e o caderno, mas se quiser ganhar tempo use o PC. Não esqueça de revisar, fica a seu critério se vai usar a lista de correção do seu computador e/ou a professora de escrita apoiada da UFBA.

Rendimento: muito conhecimento.