quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pulp Fiction - 'Para explodir as mentes!'


PULP FICTION. Direção: Quentin Tarantino. Roteiro: Quentin Tarantino, baseado em estória de Roger Avary e Quentin Tarantino. Eelenco: John Travolta , Samuel L. Jackson , Uma Thurman , Harvey Keitel , Tim Roth. EUA: Miramax Films, 1994. 1 DVD (02 hs 34 min).

O diretor Tarantino nos dá um ótimo exemplo de intertextualidade que tanto discutimos no meio educacional, pois ele trás elementos de uma revista americana para o filme, não só o título Pulp, mas também o exagero em que apresenta o tema – violência. Na década de 90, quando o filme foi gravado, essa revistinha em quadrinho que antes era uma diversão da massa, passa ser item de colecionador.

É característico de Tarantino a alinearidade em suas produções. Em Pulp Fiction ele conta três narrativas independentes e fora de ordem cronológica, mas coerentes. Além disso, a narrativa não fala só de uma coisa, como disse Correa (2010, on-line) ao escrever uma resenha desse filme “não falamos do contexto da nossa vida. Falamos de muitas coisas.” A comédia e a ironia em relação à violência se dar justamente pelas personagens terem uma vida particular que não se resumia a criminalidade.

Pulp Fiction segundo o próprio Tarantino foi feito para explodir as mentes. A construção do enredo foge a tradicional ordem da narrativa, não há um início, meio e fim e tampouco há uma personagem coadjuvante. As personagens são construídas pelo diálogo o que torna a narrativa mais complexa, pois são nessas conversas que apresenta sutilmente a forma de violência psicológica. Tarantino convida o telespectador para fazer parte da obra.

Certamente esse é um filme que não irei usar nas minhas turmas de educando entre 11 e 14 anos. Porém ele me faz refletir muito sobre a escrita do gênero textual memorial, os fatos não precisam ser lineares nem dispostos em ordem cronológica, entretanto devem ser coerentes e o texto deve ter uma ideia central, que será a linha condutora da escrita.

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