quarta-feira, 13 de maio de 2009

GECIN

DICA DE UM BOM FILME

VIDAS SECAS, é uma obra fantástica que provoca reflexões profundas. Mergulhado na narrativa do silêncio, a câmera é quem fala. Mas filosoficamente podemos dizer que o silêncio também fala, aquele silêncio é uma denuncia das condições sociais brasileira que permeia a nossa sociedade desde a década de 30, quando Graciliano escreveu a obra com o mesmo titulo que insrirou Nelson Pereira na década de 60.
O filme de Nelson Pereira baseado na obra de Graciliano Ramos não foi em vão, o contexto que possibilita a compreensão dessa escolha. Na cinematografia, Glauber Rocha, na década de 60, dava o ponta pé no cinema novo, essa escola tinha os mesmo ideais da segunda fase do modernismo, a filosofia de ambos era a denuncia sócio-políticas brasileira. Nelson Pereira se afiliou ao cinema novo, enquanto Glauber Rocha gravava Deus e o Diabo na terra do sol, aqui na Bahia, em Pernambuco, ele gravava Vidas Secas, obras que se caracterizam pela ética na estética, em meio a um sistema político totalitário, tanto na década de 30, ditadura de Vargas, como na década de 60, já em clima de ditadura militar.

2 comentários:

Jucelia Ferreira disse...

O filme é belo,que pena que não encontramos com facilidade nas locadora.Nos chama atenção o foto do filme ter sido feito na década de 30, e denunciar a situação daquela época, e mesmo assim, até hoje na maioria das regiões do nordeste brasileiro a situação econômica continua a mesma.

lene disse...

Concordo, realmente é uma obra prima, que retrata uma realidade de uma socidade num processo de isolamento, com uma linguagem fragmentada, em condições concreta de existência, de um poder instituido: Ver e vigiar.
A função social do artista é fazer denuncias sociais do Brasil.
Em 1938 Graciliano escreveu o livro,¨Vidas secas¨.
E diz: Quero perturbar a digestão dos que podem comer.
Espero que ele tenha conseguido essa façanha em alguns.
Bjs e [].